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O final do filme “A Origem” explicado

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a origemO filme conta a história de uma inception, a inserção de uma ideia na mente de outra pessoa através da manipulação do seu inconsciente durante sonhos, na mente de um jovem empresário para que ele separe as empresas que herdou do seu pai e permita que elas sejam

adquiridas pelo personagem que contratou Dominick e sua equipe, o magnata Saito. Em troca dos serviços ele faria com que Dominick pudesse rever seus filhos.

O problema é que para plantar a ideia é necessário adentrar vários níveis do inconsciente até chegar nos mais profundos, onde ela precisa ser cuidadosamente colocada. Durante a missão, Saito acaba se perdendo no Limbo, um nível tão profundo que a pessoa esquece quem é e que aquilo é um sonho, e Cobb precisa resgatá-lo.

Aparentemente tudo ocorre bem, Cobb consegue passar pela alfândega dos Estados Unidos e finalmente reencontra seus filhos. O problema é que no começo do filme, fica estabelecido que para diferenciar os sonhos da realidade cada pessoa carrega um totem. Para Dominick esse totem era um peão que girava indefinidamente caso ele estivesse sonhando e parava de girar caso ele estivesse acordado. Na cena final ele começa a girar o totem e vai embora, deixando o telespectador sem saber se ele parou de girar ou não.

O filme terminou desta maneira porque ele entende que o conceito de realidade é totalmente subjetivo. Cobb não parou pra ver se o peãtho pararia de girar simplesmente porque ele não ligava mais se estava vivendo a realidade ou um sonho. Nas palavras do diretor “Do jeito que o filme terminou, o personagem de Leonardo DiCaprio, Cobb – estava com seus filhos em sua própria realidade subjetiva. Ele não ligava mais, e isto é um tipo de declaração: talvez, todos os níveis de realidade sejam válidos””. O ponto que ele queria fazer é que a realidade e os sonhos não são mutuamente excludentes, o que significa que as pessoas não devem perseguir seus “sonhos”, mas sim suas “realidades”.

Ele ainda disse que “Eu sinto que, através do tempo, nós começamos a ver nossa realidade como o primo pobre dos nossos sonhos, de certa maneira… Eu quero dizer que nossos sonhos, nossas realidades virtuais, essas abstrações que gostamos e nos cercamos com, são subconjuntos da realidade”.

A ideia de que a realidade é subjetiva e cada um eventualmente precisa escolher no que acreditar, curiosamente já foi explorada por um personagem de Leonardio DiCaprio em outro filme, o excelente Ilha do Medo.